Pensarmos em cultura organizacional em empresas
multinacionais pode parecer uma tarefa muito simples, basta desenvolver uma
missão, visão e valores a serem considerados universais. O que ocorre é que muitas
vezes essas empresas estão inseridas em lugares e contextos bastante distintos.
Para exemplificar, ainda que fora da comunicação interna, imagine como uma
empresa de lanches conhecida por hamburguers de carne bovina abriria uma filial
na Índia? Apesar do exemplo bastante objetivo, isso acontece de forma mais
sutil dentro das empresas, mas pode causar uma série de conflitos.
Em um mundo globalizado, a relação entre os países no mundo
dos negócios está cada vez mais entrelaçada e o profissional de comunicação
interna precisa entender a lógica para trabalhar de forma mais eficiente.
Segundo Maria Aparecida Ferrari em seu estudo “As dimensões
locais das Relações Públicas Internacionais: teorias e paradigmas”:
“Com a frequente adoção dos princípios por pesquisadores em várias regiões do mundo, os autores também sugeriram seis “variáreis ambientais” a serem consideradas pelos profissionais na elaboração de estratégias em diferentes países: a) Sistema político (ideologia); b) sistema econômico; c) nível do desenvolvimento econômico do país; d)natureza e grau de intensidade do ativismo; e) cultura (incluído a linguagem); e f) sistema dos meios de comunicação (a natureza do ambiente midiático do país).
Embora essas variáveis a serem analisadas estejam ligadas às
relações públicas em geral, podemos tirar bastante da atividade específica de
comunicação interna. É preciso entender o universo em que está se trabalhando
antes de criar qualquer tipo de ação precipitada.
Então pensamos: Como trabalhar a cultura organizacional de
uma empresa estrangeira e ao mesmo tempo a cultura nacional sem perder a
unidade do negócio? A resposta é adaptação e equilíbrio. Para Ferrari:
“Uma vez que a prática de Relações Públicas internacionais tem se intensificado devido ao fenômeno da globalização, cabe aos profissionais de comunicação conhecer e identificar os cenários peculiares de cada país para, neles, gerir a comunicação, tanto em seus aspectos relacionais quanto administrativos”.
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