quinta-feira, 20 de junho de 2013

Felicidade no Trabalho

Muitas pessoas no mundo inteiro reclamando de seu trabalho, estão infelizes com o que fazem ou até mesmo com a organização onde trabalham. Esse descontentamento acontece com mais da metade dos empregados no mundo todo, isso, sendo que os empresários afirmam que as pessoas são fundamentais para o sucesso dos negócios. 

No Brasil, a mesma pesquisa que gera os resultados ao estudo "As Melhores Empresas para Você Trabalhar", do Guia VOCÊ S/A, mostra que no período de 2009 a 2012 a nota de satisfação dada pelos empregados caiu de 82,51 para 80,98, mesmo que as organizações tenham melhorado suas práticas de gestão de pessoas. 

Na média mundial, 63% das pessoas se consideram desconectadas da organização, não acreditam que tenham suporte para realizar suas tarefas ou não se sentem bem física ou emocionalmente na empresa, segundo os consultores da Towers. 

Essa insatisfação toda dos funcionários reflete em inúmeras consequências tanto para a companhia como para o próprio indivíduo, uma vez que nunca foi tão alto o número de pessoas sofrendo de depressão por conta do trabalho; segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, uma em cada 20 pessoas apresentou esse mal no último ano de 2012. 

De acordo com o professor e consultor de uma das consultorias mais influentes em gestão de negócios do Brasil, Vicente Falconi, a infelicidade dos empregados é o maior problema das empresas brasileiras; pois em um mercado competitivo, no qual vivemos hoje em dia, os leva a mudar de emprego toda hora, fazendo com que alguns setores e funções troquem mais da metade da equipe no período de um ano. "Quando a rotatividade cresce, o custo da mão de obra sobe, o nível de acidente de trabalho aumenta e a produtividade e a lucratividade da empresa caem", diz o professor Falconi.

A grande questão é saber o por que a maioria está tão infeliz. 

Como na sociedade, as relações de trabalho estão igualmente banalizadas. Para a consultora e coach Vicky Bloch, "Você não premia o melhor, não pune quem faz maldade ou quem pressiona, ameaça, constrange.".

Além disso, a novela, a internet, a conversa com os amigos fazem as pessoas aprenderem desde cedo a cobiçar o que elas não têm; trazem para o ser humano fatores de comparação que não existiam no passado e que contribuem com a frustração, por ficarem cada vez mais exigentes e inconscientemente insatisfeitos com o que têm ao comparar com o que o outro tem. 

O descaso com o básico, a pressão excessiva por resultados de curto prazo, a falta de reconhecimento pela tarefa bem-feita e a sensação de que qualquer um é descartável aumentam o sentimento de infelicidade. Vejamos que 47% dos brasileiros consideram o ambiente das empresas doentio e metade diz sofrer pressão excessiva no emprego.

Na visão de coaches, professores e filósofos, o desejo de mudar de emprego deve-se ao fato de os empregados não enxergarem uma conexão com o que fazem nem terem uma clara ideia de por que estão lá. Já para os consultores, eles se sentem explorados, dando mais de si e recebendo menos reconhecimento financeiro e oportunidades de carreira.

"Às vezes, o trabalho é duro, mas, se a pessoa sente significado, ela faz", diz Vicente Falconi; "A questão humana é a satisfação". É exatamente o que o Google, por exemplo, preza; o Google como empresa tenta fazer uma mistura de obrigação com diversão para gerar satisfação e motivar seus funcionários, afinal, cria nos empregados a sensação de "eu não venho aqui só carimbar papel, também consigo exercer uma paixão", diz a executiva de RH do Google.

Criar equilíbrio entre as coisas chatas e bacanas não é só proporcionar um ambiente bom e feliz de trabalho, mas também consequentemente fazer com que os funcionários curtam o que fazem e gerem produtividade e lucratividade para a organização.

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