Inúmeros estudos científicos afirmam que o ser humano tem
uma maior capacidade de retenção de informação por meio de histórias contadas, é
por isso, que as histórias de quando éramos crianças influenciaram de alguma
forma em nossa criação como indivíduo, elas nos trouxeram valores, princípios,
nos ensinou o certo e errado, moral e ético, sem que nós percebêssemos de fato.
A nossa interação com as histórias do dia a dia são completamente
naturais e quando temos exemplos a serem seguidos, colocamos em vigor a teoria
do Espelho, na qual diz que aprendemos por imitações, o que se pensarmos também
é natural pois queremos ser igual àquela
pessoa que admiramos.
Dentro do ambiente organizacional não é diferente e o
Storytelling está cada vez sendo mais discutido e aderido como estratégia de
Comunicação Interna e também de Recursos Humanos, duas áreas que muitas vezes
trabalham alinhadas.
Segundo José Seruya, coordenador da Escola de
Pós-graduação e formação avançada, da Faculdade de Ciências Humanas da Católica
e membro do OCI:
“As histórias servem para criar referenciais, particularmente em contextos dinâmicos ou turbulentos, em que a incerteza e a ambiguidade alastram. Os colaboradores têm de construir o sentido para o seu alinhamento com a empresa e criar nesta uma linguagem comum, obriga a que se contêm histórias com significado que promovam compreensões coerentes do que a empresa é e quer ser”.
Ou seja, essa arte de contar histórias busca reter a atenção do público e fixar conteúdos
específicos. Geralmente as histórias são contadas a partir de um evento
fora do cotidiano e tudo que é novo desperta nossa curiosidade, quando
prestamos atenção e nos interessamos pelo que está sendo contando nossa
capacidade de retenção é muito maior. O Storytelling pode ser
bem eficaz na hora de disseminar a cultura e os valores organizacionais da
empresa.
É importante lembrar que o modo como
vamos contar essa “história” tem que ser coerente com o nosso público,
precisamos utilizar uma linguagem comum a eles, ao contrário, a prática seria
em vão e resultaria exatamente o oposto, ninguém iria prestar atenção.
Olhando dentro da organização, pode ser
complexo pensar em quanto isso seja eficaz, mas fazendo um rápido paralelo as
propagandas e publicidades, podemos observar que as peças que mais nos cativam
são aquelas com um enredo engraçado ou as que têm como tema as datas
comemorativas e de alguma forma mexem com o emocional
Esse conceito é muito recente embora a
prática informal esteja presente tanto nas organizações quando na nossa vida há
muito tempo e seria interessante prestarmos mais atenção a ele.