sábado, 30 de março de 2013

Tipologia de Ritos e Rituais


Como vimos na postagem anterior, em linhas gerais, segundo DEAL e KENNEDY (1990), ritos e rituais são expressões culturais planejadas e que têm consequências práticas para a organização. Para TRICE E BEYER (1985), os ritos são regras sociais que guiam o comportamento das pessoas na vida empresarial e são representações dos valores culturais básicos da companhia. E, os rituais podemos comparar a um roteiro, com o qual os funcionários, no ambiente corporativo, podem dar sentido a suas experiências, de acordo com DEAL E KENNEDY (1990). A seguir iremos classificar e entender a tipologia dada por alguns autores aos ritos e rituais.

Por DEAL E KENNEDY (1990) são identificados quatro tipos de rituais, vejamos:
Os Rituais Sociais e de Comunicação, que permitem que as pessoas saibam onde estão, reforça a identidade individual dentro da organização e definem um tom para a forma em que as pessoas se relacionam entre si, sem esse ritual ninguém saberia como se comportar na organização.
Os Rituais do Trabalho, os quais as empresas podem utilizar para ajudar a construir uma cultura forte que produza melhores resultados.
Os Rituais de Gestão, que descrevem os rituais que os gestores desenvolvem ao longo de sua carreira.
E, os Rituais de Reconhecimento, que são aqueles eventos que a empresa realiza quando existem promoções ou aposentadoria. Os Rituais de Reconhecimento são muito parecidos com os rituais que TRICE E BEYER (1984) chamam de Rituais de Passagem, que são os rituais referentes ao reconhecimento por algum objetivo alcançado tendo como resultado alguma promoção profissional ou alguma mudança de função. 

Para TRICE E BEYER (1984) existem seis tipos básicos de ritos:
Os Ritos de Passagem, facilitam a transição de indivíduos para novos papéis e status; são utilizados em processos de admissão, mudança de funções, promoção na carreira profissional.
Os Ritos de Degradação, dissolvem identidades sociais e seu poder; São utilizados em casos de demissões, para denunciar falhas, violação de normas, afastamento de altos dirigentes.
Os Ritos de Confirmação ou de Reforço, fortalecem identidades sociais e seu poder; são utilizados para reconhecer publicamente "feitos heróicos", conquistas profissionais, superação de metas.
Os Ritos de Reprodução ou de Renovação, renovam estruturas sociais e melhoram o seu funcionamento; como adoção de novas formas gerências, programas de treinamento organizacional.
Os Ritos para Redução de Conflitos, reduzem conflitos e agressões e restabelecem o equilíbrio das relações.
E, os Ritos de Integração, que encorajam e revivem sentimentos comuns que agregam os indivíduos e os mantêm em um sistema social. Esses ritos recebem denominações específicas e que variam de organização para organização; como festas de aniversário da organização, datas festivas (Natal, Páscoa, Dia das Mães, entre outras), encontros das "sextas-feiras", reuniões para comemoração de aniversários.

Para finalizar, JOANNE MARTIN (2001) acrescenta mais dois tipos ao modelo de TRICE E BEYER (1984) que são:
Os Rituais de Finalização ou Término, que marcam a saída da empresa, servem como transição entre o mundo interno e externo; por exemplo quando o funcionário é transferido de uma área ou de uma unidade para outra, ou até mesmo quando um funcionário aposenta.
E, os Rituais Compostos, que são quando acontecem dois ou mais rituais ao mesmo tempo.

Por fim, percebemos que por meio desses tipos de ritos e rituais a cultura da organização torna-se mais tangível, além de ser demonstrado o seu forte significado aos seus funcionários, justificando para eles o motivo de sua dedicação.

domingo, 24 de março de 2013

Ritos, Rituais e Cerimônias

No mundo atual de globalizações generalizadas, mudanças que ocorrem todos os dias devido a uma grande difusão de tecnologias e que influenciam diretamente no mercado, as empresas sentem a necessidade de se adaptarem constantemente a este cenário volátil e instável para conquistarem seus objetivos. E, portanto, para isso elas precisam ter uma cultura forte.
Cultura forte é definida por DEAL E KENEDDY, (1990) como um sistema de regras informais que explicam claramente para as pessoas quais os objetivos que a empresa deve atingir e como seus integrantes devem se comportar. Para que isto ocorra, os valores, os ritos, rituais e cerimônias, os mitos, os heróis e símbolos coesos, tornam a cultura mais tangível e demonstram forte significado aos seus indivíduos, justificando para eles o motivo de sua dedicação. 
Hoje vamos falar dos ritos, rituais e cerimônias, que segundo DEAL e KENNEDY (1990), são expressões culturais planejadas e que têm conseqüências práticas para a organização: 

- Eles comunicam claramente como as pessoas devem se comportar nas organizações e quais os padrões de decoro são aceitáveis; 

- Chamam a atenção para a maneira como os procedimentos são executados; 
- Exercem uma influência visível e penetrante; 
- Estabelecem a maneira de como os funcionários devem se divertir; 
- Apresentam o lado criativo da cultura, que libera tensões e encoraja inovações, aproximando as pessoas, reduzindo conflitos, criando novas visões e valores.

Para TRICE E BEYER, (1985) os ritos constituem-se de um conjunto relativamente elaborado, dramático e planejado de atividades, que consolidam várias formas de expressão cultural em um evento, o qual é realizado por meio de interações sociais. Por meio dos ritos, as regras sociais são definidas, estilizadas, convencionadas e principalmente valorizadas. 

Portanto, são essas regras que guiam o comportamento das pessoas na vida empresarial e são na verdade representações dos valores culturais básicos da companhia. 
Deve haver um mito por trás dos rituais que simbolize a crença principal da cultura para que eles não se transformem apenas em hábitos e passem a falsa sensação de segurança sem causar efeito nenhum.
Podemos comparar o ritual a um roteiro, com o qual os funcionários, no ambiente corporativo, podem dar sentido a suas experiências. Eles trazem ordem ao caos. (DEAL E KENNEDY, 1990). 
Outra prática que auxilia a empresa a alinhar suas atividades aos seus objetivos são as cerimônias, que ao contrário dos ritos e rituais que são realizações “comuns”, as cerimônias são extraordinárias e ajudam a companhia a festejar seus heróis, mitos e símbolos sagrados, pois a cultura está em evidencia e todos estão focados neste acontecimento. 
Feitas corretamente, as cerimônias mantêm valores, crenças e heróis em alta nos corações e mentes dos trabalhadores. (DEAL E KENNEDY, 1990). 
Na ausência de rituais ou cerimônias, valores importantes não tem qualquer impacto, portanto, qualquer cultura tende à morte sem eventos expressivos.

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